A palavra “mandala” vem do sânscrito e que dizer, entre muitas possíveis traduções, “centro sagrado”. Em geral palavras finalizadas com “a” em sânscrito são masculinos e por isso me refiro ao “o mandala”, porém, por ser uma palavra estrangeira, não há definição rígida.

Na tradição hindu e budista e na maioria das religiões que usam os mandalas para práticas de meditação, o mandala é um símbolo da jornada interna do despertar da consciência, como se fosse um mapa da sabedoria pura das diversas energias no universo. É comum sempre relacionarem um mandala, ou às vezes chamado de “yantra” no hinduísmo, com uma divindade, que possui atributos especificos, como por exemplo a energia da abundância, ou de proteção ou até mesmo de destruição.

No Tibet mandalas são criados tri-dimensionalmente, como uma maquete da morada dos deuses. Também conhecemos dos budistas os mandalas de areia que são criados apenas em específicos rituais que depois são destruídos como um ritual simbólico da transitoriedade da vida. Tudo veio da terra e volta para terra.

Na tradição islâmica, não são referidos de mandalas, mas de geometria divina, pois eles não se limitam ao círculo e a possível expansão infinita da construção perfeita das formas é a representação de Deus em si. Na tradição islâmica não existe imagem de Deus, ou Allah, pois tudo que conhecemos é a criação Dele, porém ele pode ser representado pela infinita geometria, que é esse tecido que forma e segura todo o universo e suas formas.